O escritor americano Hermann Melville, autor do universal Moby Dick pôs entre as personagens do malfadado Pequod do capitão Ahab um açoriano. Mellville, que por aqui passou, diz que os habitantes destas ilhas contam-se entre os melhores baleeiros do mundo, não espanta pois que os grandes navios baleeiros de Nantuckett fossem presença frequente nestas águas, não só pela presa.
Sei muito pouco acerca da caça á baleia na Graciosa. Conheço uns quantos antigos baleeiros, verdadeiros lobos do mar de mão calejadas e tez queimada, olhar salgado e de quando em vez ouço as histórias que contam. Imagino, só posso imaginar, a dureza deste trabalho e a árdua luta contra o mar e contra o cachalote. Contra tais adversários os riscos eram mais que muitos; a tragédia que ceifou a vida a uns quantos desgraçados na década de 60, já dentro da baia da Barra, é prova disso.
A caça à baleia terminou nos inícios da década de 80 quando já poucos botes restavam. Restam hoje as recordações e um património que até há pouco tempo esteve em vias de se perder e que aos poucos vai sendo recuperado, e mais importante, estimado por todos os Graciosenses.
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